quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

apagado

o
cigarro
fumado
tragado 
acabado
que nem você 
fez comigo
naquela noite
naquele frio
me acendeu 
me usou
esqueceu
me deixou
jogada pro lado
fiquei

estou.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Codinome passado

Como lidar com essa saudade de você?
Já que era com você que eu ficava
e contigo esquecia de tudo

Nada importava, só o eu e você, 
nós

Eu sempre acordava antes e amava te observar
e tudo sobre controle 
parecia estar

Tudo preso ao passado 
esquecido
jogado pro lado

E na cama ou fora dela 
toda sua
eu era

Mas agora, nossa (minha) cama
livro de histórias perdidas
e noites já despidas 
já fora quase esquecida

E mesmo depois disso tudo
seu cheiro
eu não
esqueço 


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Aquele sorriso

Vamos lá, não me diga que você nunca se apaixonou por um sorriso. Se nunca, você mal sabe o que está perdendo. É ótimo quando um sorriso consegue roubar um outro seu. Quero dizer,um sorriso não, aquele sorriso.

Dos mais diversos sorrisos, das mais diversas bocas, é o seu que me toca. Aquele que é verdadeiro, autêntico... (que é seu).

Aquele seu sorriso que chega maroto junto com a mistura do cheiro do lençol e de seus cabelos, que traz um ardor inexplicável. Ou até mesmo aquele seu que só aparece quando você lê algo estúpido naquele livro velho. E aquele seu que surge depois de uma piada chata e sem graça contada por mim, e que sempre vem acompanhado de uma careta. Sem esquecer dos que surgem na cama, os que completam os nossos beijos, os que me encorajam, os que tem um toque sensual-fatal e claro, os que só eu já conheci.

Enfim, sorrisos e mais sorrisos. Mas é o seu que me cativa.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Uma fragrância inesquecível.

Você com seu perfume próprio. Uma mistura de livros novos, inverno e claro, tabaco. Era seu charme. 
(E agora você parece tão longe.) 
Seu isqueiro branco esquecido no canto, junto com nossas risadas das mais loucas aventuras. 
E o que me sobra agora é escutar nossas músicas, aquelas que ouvíamos em baixo das cobertas e sussurrávamos baixinho as letras erradas.
Afinal, aonde você foi parar?

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Uma parede branca


Eu não sou tão fã de paredes brancas. Na verdade, juro que não as acho quase nada atraentes. Acho-as nem um pouco poéticas. Meu quarto tem paredes brancas, algum dia eu ainda as pintarei de outra cor.
Eu acho que foi você que fez-me odiá-las. Você com seu jeitinho de quero mais, quero algo diferente, algo excêntrico, acabou a me contaminar. Mas agora vejo, são apenas paredes brancas. E até que tem algo de bom nelas, aposto que não conseguiria desenhar numa parede preta ou as cores dos pinceis modificariam numa verde.
Mas quem sabe eu não as odeie tanto assim, vai ver elas só fazem-me lembrar de você.