domingo, 7 de fevereiro de 2021

 


Observando os canarinhos que sempre voltam pra essa casa, todas as tardes e manhãs, para se banquetearem nos comedouros repletos de semente. De grão em grão do alpiste, acabam derrubando mais da metade no chão marrom azulejado. Assim como os pássaros, sempre estou de volta aqui, mas sempre de uma forma diferente da que saí de casa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

 há realmente uma hora em que seus dedos urgem para teclar nas teclas e te escrever algo que precisa ser eternizado em palavras?

nesse momento provavelmente você não corre e sim, se desdobraba ao máximo no que quer passar ao papel. note que eu digo algo sobre papel e teclas, já que no fim, não importa se o que você tem ao seu alcance seja um telefone ou um papel e uma caneta. o que importa é deixar sua marca, mostrar que esteve aqui. de qualquer forma, estive mais lá, em um jardim onde as flores e outras plantas, eram regadas automaticamente por um tipo de tecnologia que envolve garrafas pet reutilizadas. pegue a garrafa usada, encha de água e enfie na terra. sua planta terá sempre como beber água, desde que você continue enchendo o refil. nessa casa em que estou, não aqui, o terreno é ótimo de se desbravar quando os adultos bebem pinga no almoço, e você, como poucos anos tem, inventa histórias no quintal com os pássaros pretos que comem ovos enquanto piam. a terra é molhada, já que quem cuida do terreno reside em alguma cidade satélite que não seja aqui. logo, quando me perguntam onde estou, é muito fácil que eu feche os olhos e me perca onde eu realmente estou ou já estive. aqui o lago pode é sul, mas bem quando eu quero terminar o texto, mesmo preferindo estar ao lado norte, nos braços do meu grande amor, me perco nas risadas dos velhos que estão na mesa, bem perto da piscina. em algumas piscadas, já não há cachorros de corrida magrelos, apenas uma casa de madeira, e o que tento esquecer. tudo me trás direto ao que sempre não posso correr.