Um dia, papeando com meu amor e contando piadas, conversávamos sobre mentiras e comidas preferidas. Não lembro totalmente agora, mas ríamos sobre o fato de que ela havia dito a comida preferida e eu insistia que a minha era tomate e pêssego, algo assim! Dependendo do dia, eu falava uma diferente. Sei que naquele momento específico, nos olhamos e propuz um desafio. Em poucos minutos eu e ela tínhamos que escrever um poema-desafio sobre esse assunto e eu tinha que responder o dela. Esse foi o resultado:
Ela escreveu assim:
mentira?
diz um diz dois
tomate ou pessego?
Dúvida eterna
Confusão completa
sempre a buscar
nunca a alcançar
como aquela que corre
corre corre corre
e foge?
fuga.
foge de si apenas
da verdade
Pessego?
Tomate?
ambos
ou de fato,
nenhum,
n a d a.
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A minha resposta foi:
A Resposta a altura
digo-te um dia pessego
noutro tomate
e o que me dizes
uma única palavra
mentira!
mas como pode ser uma calunia?
há tanta certeza em cada resposta
uma hora sim, pêssego, se adequa bem
outra hora sim, tomate, qual o problema?
não corro de mim, eu caminho por tudo o que sou
e em minhas elaborações diversas
solto a resposta que mais convém
seja tomate seja pêssego
todas as respostas reais
cru
as respostas sempre como um retrato verdadeiro de quem sou
pêssego sim. tomate sim.
e agora eu diria
mais uma certeza.
odeio pera.
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