segunda-feira, 24 de abril de 2017

Vem

Gotas do mar na minha boca
Que encontra teus lábios
E cala-te
Escrevo a ti agora 
Para que venha logo, amor camomila
É mesmo você que vaga sem rumo
pelos metrôs, parques
e avenidas? 
Te vi um dia desses vestido de violeta 
e azul. 
Foi quando notei teus olhos nos meus 
Que das pontas dos meus dedos 
Afloraram versos, poemas e flores
E estes, já não pertencem ao subsolo
Meu amor, só terra não basta!
Quem, senão a chuva, que irá regar
Minhas ruínas, palavras e rimas por aí?
Quero que molhe todos. 
De pele em pele. 
Quem sabe assim
Você me encontra 

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