terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Para o meu amor

  8/12/2020


Olá, meu amor. 


Te escrevo agora em meio aos textos e artigos que ainda preciso entregar até o fim desta semana. Uma pausa para que eu possa te entregar um pouco do que está na minha cabeça. Estive e ultimamente sempre estou pensando, quando não tenho que acalmar os convidados de uma festa do chá no país das maravilhas, no quanto as coisas mudam e assim nós mesmos também. Fecho os olhos e aqui estou eu em 2020, sentado na frente do computador e tentando lembrar as últimas vezes que realmente estive aqui, que te olhei com os meus próprios olhos, que te envolvi em meus braços e te dei beijos em sua sobrancelha. As imagens mentais que compõem o que sei e lembro, possuem diversas autoras, mas as minhas próprias eu guardo com muito carinho. Antes, já fui alguém que falava o nome em voz alta, não conseguia ficar calado e dizia tudo com um sorriso estampado no rosto, invencível, feito os meninos da Rua Paulo. Lembro bem de quando roubei o primeiro caderno da cultura, e agora tenho vontade de fazer isso novamente, mas para te entregar em mãos o exemplar. Quando foi que eu vim parar justamente atrás de tantas cortinas? Espero que, mesmo por não dizer muito meu nome e tão pouco estar por aqui sempre, não pense que meus sentimentos por ti são menores ou inexistentes. O meu amor por você é como uma boa viagem de carro, em meio a uma estrada em que a vegetação é tão espessa, que as árvores de cada extremidade do asfalto se encontram em um abraço. O vento no nosso cabelo, o tabaco aceso, eu te olhando de canto enquanto você dirige.  A minha vontade é de te escrever os mais belos textos, em que as palavras são sinestésicas, como se estivesse ouvindo a melodia dos mais belos cantores que te abraçariam com amor. 


Eu te amo, carinho. Muito.

Cicero. 


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