bebendo em qualquer banheiro ou sala com alguma janela bem mais alta do que eu, já que me encontro no chão que já não parece ter mais fim. sento-me aqui sozinha, como costumo geralmente estar, a não ser que alguém me tire a bebida e me ponha a dormir a força, muitas vezes já inconsciente de mim mesma. as palavras me descem fácil pelas notas, metáforas não me fazem melhor e o que escrevo pode ser s-o-l-e-t-r-a-d-o. já não sei mais meu ponto ao escrever, apesar de que todas as letras parecem estar aqui a pedir para serem escritas. um ombro amigo, longe. uma garrafa a borbulhar, sempre perto, os barbitúricos? não os toma! que nem o poema já escrito por mim algum tempo atrás. meu reflexo? não o reconheço, então não o olho. escondo-me de mim e vejo-me pelo reflexo dos ladrilhos à direita. as paredes tão firmes e cheias de ranhuras que posso socá-las até que me sinta aqui. sinto-me e digo a mim mesma, sempre vou estar ao seu lado mesmo que não estejas ao meu, por aqui as letras de um belo cantor sempre me deixam bem e as ruas de roma não gritam, mas são intervencionistas quando algum morador dela sofre, é roubada a casa. esse texto nada mais é que um abraço em um satélite tão distante que tanto faz questão deu ser um Plutão em seu sistema solar. não peço alguma resposta, apenas observo de longe o brilho, que daqui não tão longe está. é verdade, não sou a melhor por aqui, mas nunca duvidei de nada e nenhuma que sou. amo você, fique bem.
com todo o carinho que conheço,
alice
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