Eu sento ao lado da roda do meu carro na garagem ouço as gotas escorrendo pelas folhas das plantas do meu jardim frontal meu cachorro fica ao meu lado olhando a rua e ouvindo os cachorros que as vezes latem para algum som maior escrever sem por pontuação é interessante sabemos que é necessário mas não coloco agora tudo tem que ser dito sem pausa apesar de que na minha cabeça as faço ponderamente enquanto algum vizinho tosse e alguém ri e conversa bem à distância vamos seguindo em diálogo sentada em cima das pedras de Pirenópolis que constituem ø meu chão uma virada várias viradas cheiro do meu cachorro que agora está deitado em minha frente mas de cabeça em pé nunca saberemos ø que eles escutam que nós não escutamos então precisamos aceitar essa realidade para seguirmos né certo? primeira pausa aqui feita a contra gosto meu isqueiro acabou mas por acaso pensei nisso antes e deixei um escondido numa bolsa no porta malas porém agora devo dormir podia ter sido um final diferente agora escuto uma coruja gritar penso que devo dormir não sei quem sou mas quem você é agora meu cachorro achou algo para morder e cada mordida preenche a noite
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